O Dezembro Vermelho é uma campanha instituída pela Lei nº 13.504/2017, importante para a conscientização, prevenção e tratamento de pacientes com HIV/AIDS.
O período da campanha é importantíssimo para conscientizar a população sobre a doença, visando aumentar o número de testes realizados e reduzir o preconceito da população em relação ao HIV/AIDS.
A enfermagem tem papel fundamental na abordagem, prevenção, orientação, esclarecimento de dúvidas e acompanhamento de pacientes que obtiveram testes com resultado positivo.
Dezembro Vermelho: uma campanha com múltiplas frentes
Um ponto importante de observar é que a campanha Dezembro Vermelho visa combater preconceitos, fazer testes, tirar dúvidas, acompanhar pacientes que foram diagnosticados com HIV/AIDS e promover o diagnóstico precoce que é importantíssimo.
Nos últimos anos a medicina evoluiu significativamente em relação ao tratamento da doença, trazendo novas abordagens e ótimos resultados.
Além disso, é possível obter todo o tratamento de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde, com antirretrovirais que são medicamentos utilizados para combater a doença quando ela é diagnosticada.
Ao longo da campanha a equipe de enfermagem costuma não apenas aplicar milhares de testes, como também orientar os pacientes para os fatores de risco, como:
Prática sexual sem proteção;
Compartilhar agulhas ou seringas com terceiros;
Receber transfusões ou injeções que não sejam seguras;
Acidentes com agulhas contaminadas;
Ter diagnóstico de outra infecção como herpes, sífilis e clamídia.
A orientação e esclarecimento de dúvidas são práticas importantes da equipe de enfermagem que tem conhecimento técnico e contato direto com inúmeros pacientes ao longo da rotina de trabalho.
Afinal, levando informação profissional para a população, muitas dúvidas são esclarecidas.
Papel da Enfermagem na Assistência a Pacientes com HIV/AIDS
O papel da equipe de enfermagem para a assistência a pacientes com HIV/AIDS é multifatorial, tendo diferentes abordagens como:
1. Educação e Prevenção
A equipe é capacitada para oferecer informações sobre a transmissão do HIV/AIDS e medidas preventivas. O que pode contribuir significativamente para a diminuição dos casos.
Além disso, a campanha de educação esclarece dúvidas do público e estimula pessoas que já manifestaram sintomas suspeitos ou possuem o hábito de se expor ao risco de contaminação a fazer a devida testagem. Dessa forma, caso o resultado seja positivo a pessoa poderá iniciar o tratamento o quanto antes.
2. Testagem e Aconselhamento
Os profissionais de enfermagem estão aptos para realizar testes de HIV e podem oferecer aconselhamento pré e pós-teste. Além disso, a equipe de enfermagem contribui ao auxiliar o paciente na interpretação dos resultados e fornecer suporte emocional.
3. Gestão de Casos
Os profissionais de enfermagem acompanham o paciente ao longo do tratamento, monitorando a adesão aos medicamentos. Além disso, prestam suporte para eventuais dúvidas que surgem ao longo do tratamento e ainda auxiliam no gerenciamento de efeitos colaterais dos medicamentos antirretrovirais e complicações. Portanto, são fundamentais no cotidiano dos pacientes.
4. Assistência Clínica
Durante o tratamento, a equipe de enfermagem prestará cuidados diretos ao paciente, como administração de medicamentos e curativos. Os profissionais também monitoram os sinais vitais e avaliam a resposta de cada paciente ao tratamento.
Durante a assistência clínica, os enfermeiros também oferecem suporte para o paciente, auxiliando a lidar com o estigma associado ao HIV/AIDS. Por isso, a equipe de enfermagem é parte do grupo de apoio dos pacientes e suas famílias.
5. Atuação na Prevenção de Infecções Oportunistas
O paciente que é diagnosticado com AIDS/HIV precisa de cuidados para prevenir outras infecções, por estar com o sistema imunológico debilitado.
A equipe de enfermagem é capaz de atuar em conjunto com a equipe médica justamente para monitorar a imunidade do paciente e prevenir outras infecções.
Portanto, o trabalho integrado entre a equipe de enfermagem, equipe médica e de suporte psicológico é de suma importância no cotidiano do paciente diagnosticado.
Testagem e diagnóstico
A testagem regular do HIV/AIDS é fundamental para a prevenção, tratamento e controle da disseminação do vírus. O diagnóstico precoce é crucial para iniciar o tratamento o mais rápido possível, visando preservar a função imunológica e prevenir complicações de saúde dos pacientes diagnosticados com HIV/AIDS.
O diagnóstico precoce e o tratamento eficaz contribuem para a redução da transmissão do HIV/AIDS. Uma vez que o paciente será orientado a adotar práticas adequadas com o intuito de reduzir o risco de transmissão da doença.
Atualmente existem diferentes tipos de testes que podem ser realizados com o intuito de identificar a doença, como o teste rápido de HIV/AIDS que é adotado com o intuito de ter o resultado em poucos minutos.
Nas campanhas como o Dezembro Vermelho é comum recorrer ao teste rápido, aproveitando a interação educativa para que se tenha a testagem das pessoas que se disponibilizam a avaliar a própria saúde. O resultado do teste é sempre mantido em confidencialidade.
O tratamento requer adesão
Uma vez obtido um resultado positivo para HIV/AIDS, o paciente precisa ser orientado sobre o tratamento. Com a evolução da medicina, é possível recorrer a tratamentos mais modernos, com uso de medicamentos que ajudam a controlar a doença e evitar a perda progressiva da qualidade de vida.
Dessa forma, o paciente terá uma vida mais confortável com a doença, mesmo ainda convivendo com o vírus. Todavia, é de suma importância que o paciente adote uma conduta de respeitar a orientação médica, para que a adesão ao tratamento contribua para uma vida mais plena.
Quando adotada corretamente, as terapias antirretrovirais (TARV) são úteis para que o paciente possa levar uma rotina praticamente normal, mantendo um estado de saúde estável e preservando seu bem-estar.
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