A hepatite é uma inflamação do fígado que pode ser causada por vírus, uso de medicamentos, doenças autoimunes e genéticas, uso de drogas, entre outras. É importante um diagnóstico precoce para aumentar a eficácia do tratamento.
Os tipos de hepatites
Hepatite A
Causada pelo vírus A (HAV) e também é conhecida como hepatite infecciosa. É considerada uma doença benigna na maioria dos casos, mas quanto maior a idade do paciente, maior a taxa de letalidade.
A transmissão é feita com o contato de fezes contaminadas com a boca. Isso pode ocorrer através de alimentos ou água. Por isso a doença está ligada a falta de saneamento e baixa higiene pessoal. A hepatite A também pode ser transmitida entre indivíduos que moram no mesmo domicílio e através do contato sexual.
Os sintomas costumam aparecer entre 15 e 50 dias após a infecção. Podendo haver sintomas como enjoos, vômitos, dor abdominal, desconfortos gastrointestinais, urina escura e pele e olhos amarelados.
Hepatite B
Causada pelo vírus B (HBV), a hepatite B também é chamada de soro-homóloga. Por estar presente na saliva, leite materno, sangue e esperma, é considerada uma doença sexualmente transmissível. Mas também pode ser transmitida pelo uso de objetos não esterilizados como alicates e lâminas usadas em salões de beleza.
Em muitos casos os sintomas são imperceptíveis, mas os principais são enjoos, febre, vômitos, urina escura e fezes claras. Podem aparecer de um a seis meses após a infecção.
Hepatite C
Podendo ser aguda ou crônica, é causada pelo vírus C (HCV). A doença é silenciosa e se caracteriza por um processo inflamatório insistente no fígado e na maioria dos casos se torna uma doença crônica. Nos casos mais graves, evolui para uma cirrose.
A transmissão pode ocorrer através do contato com sangue contaminado. Ela não é transmitida pela comida, água, leite materno, ou contatos como abraço, beijo, compartilhamento de comida e bebidas com a pessoa infectada.
Cerca de 80% dos casos não apresentam sintomas.
Hepatite D
Causada pelo vírus D (HDV), a hepatite D também é chamada de Delta, está associada com a infecção pela hepatite B. A forma crônica da doença é a mais grave da hepatite viral crônica, podem evoluir mais rápido para a cirrose, descompensação hepática, CHC (carcinoma hepatocelular) e morte.
A transmissão ocorre através de relações sexuais sem preservativo, de mãe para filho durante a gestação e parto, uso de objetos contaminados e não esterilizados, ou seja, são as mesmas da hepatite B.
Hepatite E
A hepatite E é causada pelo vírus E (HEV) e causa uma doença aguda de curta duração sendo benigna na maioria dos casos. A sua ocorrência no Brasil é rara, sendo mais comum na Ásia e na África.
Assim como a hepatite A, sua transmissão é feita através de contato de fezes contaminadas com a boca por meio de indivíduos ou alimentos e água. Também pode ser transmitida na ingestão de carne mal cozida ou produtos derivados de animais contaminados, transmissão de mãe para filho e transfusão de sangue.
Os sintomas podem incluir fadiga, mal-estar, febre, dores musculares, enjoo, vômitos, diarréia, pele e os olhos amarelados. A doença tem duração de 2 a 6 semanas.
Hepatite medicamentosa
A hepatite medicamentosa é causada pelo uso excessivo ou prolongado de medicamentos que atacam o fígado, como Paracetamol e Nimesulida, causando uma hepatite aguda ou fulminante. Mas ela também pode ser causada pelo uso de drogas, suplementos alimentares e fitoterápicos.
Os sintomas podem ser vômito, dor abdominal, alteração das enzimas hepáticas, urina escura, pele e olhos amarelados, enjoo. Mas na maioria dos casos a doença é assintomática.
Esteatose hepática
É um distúrbio de acúmulo de gordura nas células do fígado (hepatócitos). O aumento dessa gordura por tempo prolongado provoca inflamação que evolui para casos graves de hepatite gordurosa, cirrose e câncer.
As causas estão ligadas ao sobrepeso, diabetes, consumo excessivo de bebidas alcoólicas, perda brusca de peso, sedentarismo, síndrome metabólica e obesidade abdominal.
Os sintomas são mais perceptíveis em casos mais avançados da doença. Eles incluem confusão mental, encefalopatia, hemorragias, ascite, queda de plaquetas, pele e olhos amarelados.
Tratamento
Para as hepatites A, B e C são administrados antivirais que ajudam o fígado a combater a doença e a regenerar. Em alguns casos esse tratamento também pode ser indicado para a hepatite E. No caso da hepatite D é necessário o controle dos danos causados ao fígado. Atualmente o SUS disponibiliza uma terapia composta por alfapeginterferona 2a e um análogo de nucleotídeo.
Na maioria dos casos as hepatites não tem um medicamento específico para a cura e sim, para alívio dos sintomas. A regeneração do fígado é necessária para a cura da doença.
Atualmente, na rede pública de saúde, já estão disponíveis as vacinas para hepatite A e B. Assim como os testes para as hepatites B e C. Fazer a testagem é muito importante para iniciar o tratamento no início da doença e não evoluir para uma cirrose ou câncer.
Gostou do nosso conteúdo? Siga a gente no IG @praticaenfermagem para saber mais.
Comments